Botox: especialista responde 10 perguntas sobre a toxina botulínica


É inegável o sucesso do Botox entre os procedimentos estéticos desenvolvidos para ajudar no rejuvenescimento, principalmente na prevenção e melhoria de rugas. O cirurgião plástico Felipe Lemos, membro especialista da Sociedade Brasileira Cirurgia Plástica (SBCP), esclarece as principais dúvidas com relação à toxina botulínica, além de falar sobre a diferença entre o preenchimento com o ácido hialurônico, coadjuvante que passou a ser estrela entre os procedimentos estéticos.

Cada vez mais popular entre os jovens, uma das técnicas mais procuradas tem sido o ‘Botox preventivo’. “É aplicado em pacientes jovens quando as linhas começam a se instalar. São usadas doses menores para evitar rostos paralisados e artificiais. O importante e deixar o resultado natural.”, explica o especialista. Ainda segundo ele, para o uso da toxina botulínica não existe uma idade certa, mas, sim, quando há início das rugas e indicação médica para o tratamento.

1-Como o produto age?

A toxina botulínica é produzida pelo Clostridium botulinum, modificada para fins estéticos, tem como objetivo paralisar ou diminuir a contração muscular no local onde ela é aplicada. Na face, atua nos músculos da mímica facial, prevenindo as chamadas “rugas dinâmicas” que ao longo do tempo, se transformam nas rugas definitivas ou “estáticas”. O produto visa a prevenção da formação dessas rugas, a longo prazo, ou na atenuação das rugas já formadas, a curto prazo. O resultado começa a ser observado em 2 a 5 dias e completa seu efeito máximo em até 2 semanas. Dura em média em torno de 6 meses de acordo com o fabricante.

2. Para qual tipo de ruga ou linha de expressão ele funciona melhor?

É indicado para rugas dinâmicas (rugas formadas pela ação muscular da mímica facial). Quando aplicada, a toxina paralisa de forma gradual essa musculatura, atenuando e diminuindo a formação da Ruga.

3. Em quais regiões do rosto o produto é mais eficaz?

A toxina é eficaz para o tratamento das rugas da testa (frontal), pés de galinha (ao redor dos olhos) e glabela (entre os olhos). Mas também é muito utilizada no 1/3 médio da face e no pescoço.

4. Qual é a diferença entre toxina botulínica e ácido hialurônico?

A toxina botulínica faz um bloqueio muscular, evitando assim a ruga dinâmica (que formam com a mímica facial, por exemplo, as rugas entre os olhos, na testa, pés de galinha). Já o ácido hialurônico é usado para como preenchimento cutâneo para rugas já formadas há mais tempo, as ditas rugas estáticas (como exemplo o “bigode chinês”). Podem ser utilizados como coadjuvantes a toxina e o preenchimento para o tratamento global da face.

5. A toxina botulínica pode causar algum tipo de deformação?

Não foram descritas complicações graves com a toxina botulínica. Todos os efeitos são transitórios. De complicação mais frequente, causada pela má aplicação ou pela migração do produto, temos as assimetrias e a ptose palpebral (queda da pálpebra). Por isso deve ser aplicada por um profissional capacitado e com profundo conhecimento de anatomia facial, como um cirurgião plástico.

6. O produto pode causar alergia?

Embora seja raro, sim. Como qualquer outra medicação.

7. Com o tempo, o organismo cria resistência à toxina?

Sim. Isso é mais comum em pacientes que receberam altas doses, em curtos intervalos de tempo, por longos períodos. Por isso aconselhamos a aplicação de doses menores (“profiláticas”) e com intervalo mínimo de 6 meses, visando a prevenção na formação da ruga.

8. O que a pessoa deve saber antes de fazer o Botox?

O Botox bem feito irá atenuar ou prevenir a formação de rugas, e não eliminá-las. Ao passar o efeito, uma nova aplicação deve ser programada para 4-6 meses. Ele agirá nas rugas dinâmicas, ou seja, naquelas que se forma com o movimento (contração da musculatura), e não nas rugas estáticas (por exemplo, “bigode chinês”). Para essas, o indicado seria preenchimento com ácido hialurônico para repor volume.

Quando se aplica a toxina, deve-se permanecer sem deitar ou abaixar a cabeça nas primeiras 4 horas após a aplicação. Não lavar ou manipular a área tratada. Prevenimos assim a movimentação do produto e a paralização de um grupo muscular facial que não queremos. De efeitos colaterais os mais relatados são cefaleia (dor de cabeça) leve e sintomas gripais leves, facilmente tratados com analgésicos comuns.

9. Quando surgem as linhas de expressão, o Botox é mais viável que o uso de cremes?

Sim. Sem dúvida alguma. O Botox atua diretamente na formação da ruga. O creme apenas atenua a formação das mesmas.

10. Qual conselho daria para quem quer realizar o procedimento?

Procurar um profissional capacitado, cirurgião plástico que seja membro da Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica. Procure indicações. Não procure preço ou propagandas enganosas. A sua saúde está em primeiro lugar. Por menor que seja o risco do procedimento, ele existe.


Serviço:

Dr. Felipe Lemos – Cirurgia Plástica

Rua Almirante Sadock de Sá, 207- Ipanema
Rio de Janeiro
Tel: (21) 2267-3106 – (21) 97695-9339
www.drfelipelemos.com.br

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