Mitos e verdades sobre varizes




Varizes é um problema que atinge 45% das mulheres e 30% dos homens no Brasil e, quando não tratado, pode provocar dor, inchaço, sensação de peso nas pernas, queimação no fim do dia, manchas e até feridas. A doença envolve vários mitos que precisam ser esclarecidos para auxiliar no tratamento. A angiologista e cirurgiã vascular Laís Faina, integrante do corpo clínico da Cirurgia Vascular do Hospital dos Servidores do Estado do Rio de Janeiro e do Hospital Quinta D’Or, listou alguns deles e explica quais as técnicas mais utilizadas para o tratamento das varizes e dos vasinhos:

Se meus pais têm varizes, necessariamente eu também terei.

As chances são maiores, mas não é uma regra.

Todas as grávidas apresentam varizes.

A probabilidade de aparecer varizes na gravidez é maior, assim como de agravar as já existentes. Durante a gestação, ocorre intensa atividade hormonal, que provoca dilatação das veias nas pernas, aumento da retenção de líquidos nessas veias e dificuldade de drenagem ascendente, pois o útero gravídico dificulta o retorno venoso. Por isso recomenda-se o uso de meias elásticas de compressão ao longo da gravidez.

Pode-se realizar tratamento de varizes durante a gravidez.

O tratamento de varizes não deve ser realizado durante a gravidez. É indicado passar o período de amamentação para então dar início ao tratamento.

Exercícios físicos de alto impacto, como a corrida podem provocar varizes.

Atividades físicas propiciam uma melhor circulação sanguínea e, consequentemente, ajudam a prevenir as varizes. No entanto, pessoas que têm o problema em estágio avançado devem consultar o angiologista.

Salto alto provoca varizes.

Quem usa salto alto com frequência tem mais chances de sofrer com as varizes. Os sapatos com salto alto fazem com que a panturrilha fique contraída, não realizando o movimento de bomba, dificultando assim a circulação sanguínea.


Mulheres estão mais propensas a varizes.
Os hormônios têm grande influência no aparecimento das varizes. Segundo estimativas da Sociedade Brasileira de Angiologia e de Cirurgia Vascular(SBACV), 30% de homens e 45% das mulheres sofrem com o problema.

Apenas idosos têm varizes.

As varizes surgem com mais frequência a partir dos 30 anos.

Não é possível prevenir as varizes.

Algumas medidas podem suavizar os sintomas e diminuir a progressão das varizes para formas mais avançadas, mas não evitam a doença. Entre elas, usar meias de compressão elástica para trabalhar se permanecer por longo tempo de pé ou sentado, elevar os pés no final do dia para melhorar o retorno venoso ao chegar em casa, praticar exercícios físicos regularmente, controle de peso, etc.

Quem tem varizes tem maior risco para o desenvolvimento de trombose.

Varizes são fatores de risco pouco expressivos, o uso do anticoncepcional, por exemplo, é fator de risco mais importante para trombose.

Para tratar varizes calibrosas só existe a cirurgia.

Várias técnicas podem tratar varizes de maior calibre. A escleroterapia com espuma, por exemplo, é realizada com o auxílio do ultrassom e consiste na introdução de um produto em forma de espuma na veia a ser tratada. Nela não há necessidade de internação, cortes ou afastamento do trabalho. Outra opção é o endolaser (introdução de uma fibra ótica do laser por meio de uma agulha na veia acometida, que a cauteriza internamente).

As varizes finas somem com o tempo.

Esse tipo de varizes, as chamadas telangiectasias devem ser tratadas com escleroterapia química e com o laser. Ambas apresentarão um bom resultado estético.

Qualquer médico pode fazer o tratamento das varizes.

O especialista no assunto é o angiologista e o cirurgião vascular. Eles saberão diagnosticar e indicar, com segurança, o melhor tratamento para cada caso.


Serviço:

Dra. Lais Faina – Cirurgia Vascular e Angiologia

Endereço:
Rua Visconde de Pirajá, 330, sala 709 – Ipanema

Telefones: (21) 3079-3003 / (21) 99307-9763 (Whats App)


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