OUTUBRO ROSA Câncer de mama é o que mais ataca mulheres no país Cirurgião plástico explica como pode ser feita a reconstrução das mamas devolvendo a autoestima das pacientes


Segundo dados do Instituto Nacional do Câncer (INCA), o tumor de mamas é o segundo tipo de câncer mais frequente em todo o mundo. É também o mais prevalente entre as mulheres brasileiras, correspondendo a cerca de 30% dos casos anuais de câncer.

É também a neoplasia que mais afeta a autoestima da mulher, uma vez que em muitos casos é necessário realizar a mastectomia, ou seja, a retirada completa das mamas, símbolos da feminilidade e da maternidade. 

Mas, graças às técnicas da cirurgia plástica reparadora, atualmente é possível reconstruir as mamas após uma mastectomia, com bons resultados estéticos. Segundo o cirurgião plástico Rogério de Fassio, especialista pela Sociedade Brasileira de Cirurgia Plástica e membro da Sociedade Brasileira de Laser,as técnicas da reconstrução mamária evoluíram bastante. 

“Um dos avanços importantes foi a criação de uma matriz dérmica, uma espécie de rede, que proporciona melhor sustentação para o implante, contribui na redução da contratura capsular, como também em um posicionamento mais adequado das mamas”, explica o cirurgião.

Veja abaixo sete perguntas e respostas sobre a reconstrução mamária, que são muito comuns no dia a dia das mulheres que precisam passar pelo procedimento.

1-A reconstrução mamária é coberta por planos de saúde?
Sim. A reconstrução mamária é uma cirurgia plástica reparadora para corrigir danos ou mutilações decorrentes do tratamento do câncer. Portanto, é um direito assegurado tanto para as usuárias de planos de saúde, como para mulheres que são atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS). 

2- A cirurgia para reconstruir as mamas deve ser feita em qual momento?
A reconstrução das mamas pode ser feita junto com a mastectomia ou tardiamente, ou seja, em um segundo momento. Muitas mulheres podem optar por fazer tudo de uma vez, enquanto outras podem decidir terminar o tratamento, para depois tomarem uma decisão. Entretanto, Rogério de Fassio ressalta que a reconstrução imediata pode ter contraindicações, principalmente quando o estado clínico da paciente é considerado inadequado. Então, é uma decisão que envolve a relação médico paciente e outros fatores. 

3-Como é feita a reconstrução das mamas?
“A reconstrução mamária pode ser feita por meio de várias técnicas, como o implante de uma prótese de silicone, o uso de um expansor cutâneo e a transferência de retalhos de pele. Há ainda, em alguns casos, a combinação de técnicas como retalhos de pele e prótese de silicone”, explica o especialista. 

Prótese de silicone: Em geral, pode ser feita quando não há um comprometimento grande de pele.
Expansores:É inserido um expansor sob a pele das mamas. Aos poucos, esse expansor será preenchido com soro fisiológico até atingir o tamanho desejado. Depois, o expansor é retirado e substituído por uma prótese de silicone. Atualmente, existem expansores definitivos, que ajudam a eliminar a etapa de substituição pela prótese definitiva.
Transferência de retalhos de pele: Nesta técnica, são usados pele, gordura e músculos da própria mulher para reconstruir as mamas. “São cirurgias complexas e com maior número de complicações pós-operatórias. Por isso, precisam ser bem indicadas e feitas por cirurgiões plásticos especializados em cirurgias reconstrutivas”, aconselha Rogério de Fassio. 

4-Como é feita a reconstrução dos mamilos?
Quando a reconstrução mamária é feita juntamente com a mastectomia, é possível preservar as aréolas e os mamilos, desde que essas áreas não estejam afetadas pelo câncer ou ainda se o tumor não estiver próximo. 

“Muitas vezes, quando a proximidade está presente, o cirurgião oncológico precisa remover essas estruturas das mamas para dar maior segurança ao procedimento. Para as mulheres que passam pela retirada total, a reconstrução das aréolas e dos mamilos é feita em um segundo momento, após a cicatrização completa da primeira cirurgia”, ensina o cirurgião que completa, “É necessário aguardar também para avaliar a posição das mamas e chegar a um melhor resultado. Normalmente, a aréola é reconstruída com a pele de outros locais, como a virilha ou é realizada uma tatuagem. Já a papila mamária (bico do seio), é reconstruída com tecidos locais”. 

5- É possível reconstruir apenas uma mama?
O câncer de mama pode atingir uma ou as duas mamas. Quando atinge apenas uma mama e é necessário fazer a mastectomia, é possível reconstruir apenas a mama afetada. O cirurgião plástico irá buscar um resultado que leve em consideração o tamanho, o aspecto e a posição para chegar a uma aparência o mais semelhante possível. Vale lembrar que há a opção de realizar uma cirurgia plástica no outro seio para um melhor resultado estético. 

6- A mulher pode amamentar depois da reconstrução?
“Infelizmente, a amamentação após a mastectomia radical não é possível, já que a cirurgia retira todo o tecido mamário, incluindo as estruturas necessárias para a amamentação. Porém, mulheres que retiram apenas uma mama, tendo a outra preservada, podem conseguir amamentar com o seio saudável”, diz Rogério de Fassio. 

7- A reconstrução deixa cicatrizes?
Tanto a mastectomia, quanto a reconstrução, deixarão cicatrizes visíveis. Além disso, se houver retirada de pele de outros locais do corpo, também haverá cicatrizes nesses locais. “Apesar disso, o mais importante é que a reconstrução das mamas tem um papel crucial na recuperação da autoestima da mulher, assim como contribui para melhorar sua qualidade de vida e pode ajudar a lidar de maneira mais positiva com o tratamento”, finaliza. 



Serviço: 
Dr. Rogério de Fassio – Cirurgia Plástica 
Endereços: Tijuca  Rua Haddock Lobo, 369, sala 505. 
Tel: (21) 2203-2811 
Barra da Tijuca 
Avenida das Américas, 500, bloco 4, sala 243. 
Tel: (21) 2492-2656


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