De acordo com dados da OMS (Organização Mundial de Saúde),
33% da população mundial sofre de ansiedade no mundo. O Brasil tem aparecido
sempre entre os primeiros das listas da organização. Em tempos de Pandemia e
isolamento social, o estresse e a ansiedade vêm afetando muito as pessoas e
causando um desconforto enorme. Antes da COVID-19, o país já apresentava 70% de
sua população ativa sofrendo com estresse. Segundo pesquisa feita pelo ISMA
Brasil (International Stress Management Association). Ainda conforme o
levantamento, 69% dos casos foram fruto de situações profissionais.
O estresse e a ansiedade são considerados por muitos
especialistas como os males característicos do nosso século. A vida moderna
possui elementos que causam e despertam sentimentos diversos como os medos
irracionais e ficamos sem ter como dominá-los.
Segundo a psicóloga clínica, Edyclaudia Gomes de Sousa,
Neuropsicóloga, especialista em Saúde
Mental e Atenção Psicossocial e mestranda em psicologia criminal, fatores
diversos podem nesta época estarem causando ansiedade nas pessoas.
“Os sintomas típicos de quem sofre desses males, incluem
irritabilidade, cansaço frequente, falta de ar, insônia, taquicardia” explica a
psicóloga, que abaixo recomenda algumas técnicas para quem anda com os nervos à
flor da pele lidar melhor com essa situação:
1. Esteja presente
Medite. Meditar é uma das maneiras
de se fazer presente. A prática de exercícios como fazer caminhadas, ou até
mesmo ter um hobby que ocupe 100% da sua atenção, foca você no momento e evita
pensamentos como “o que poderia ter sido e não foi” e as possibilidades do
futuro, coisas que costumam aumentar a ansiedade e o estresse.
2. Saiba o poder da sua respiração
De acordo com a especialista, tanto
o estresse quanto a ansiedade são capazes de gerar respiração ofegante. “Ao
retomar o controle da sua respiração, é possível acalmar a sua mente. Quando se
sentir nervoso, respire fundo algumas vezes e isso enviará ao seu cérebro a
mensagem que você está calmo, uma vez que pessoas calmas respiram devagar”.
3. Tenha um olhar diferente em
relação aos seus problemas
Faça com que a pressão te ajude a
fazer um trabalho melhor, ao invés de expor suas inseguranças. Por exemplo, uma
reunião com um cliente – você pode considerá-la uma situação estressante ou uma
oportunidade de impressionar alguém importante no seu trabalho. É uma questão
de ponto de vista.
4. Aceite aquilo que você não pode
mudar
“Certas coisas são o que são e não
irão mudar apenas porque você não as compreende ou não as aceita. Se culpar ou
martirizar ao lutar mentalmente contra elas, só irá te deixar mais ansioso”
explica Edyclaudia, lembrando que é melhor aceitar o problema como ele é, e não
ficar pensando em como poderia ter sido diferente. “Existem coisas que você não
pode controlar, como por exemplo, o que as pessoas irão te dizer, mas você tem
o poder de escolher como lidar com isso” orienta.
5. Ocupe a mente
A melhor forma para não deixar o
ciclo de pensamentos negativos seguir seu curso, é mantendo-se ocupado o
suficiente. Mantenha-se focado em tarefas que exijam um alto nível de atenção,
mas que também não sejam muito monótonas.
6. Exercite-se
Se exercitar
faz bem para a mente e para o corpo, além de diminuir os níveis de estresse e
ansiedade. Uma caminhada de apenas 21 minutos já é suficiente para sentir
alguns benefícios ao seu organismo: mente mais calma, foco e disposição.
7. Durma bem
Uma boa noite de sono pode ser a
solução para muitos problemas do seu dia a dia, não sendo diferente com
ansiedade e estresse, que são causadores de insônia. Reduza as distrações do
quarto e as luzes, faça do ambiente um santuário do sono e esvazie sua cabeça
antes de dormir.
8. Não seja vítima do perfeccionismo
“Se cobrar em nome da perfeição é
absurdo e injusto com você. É preciso entender que o caminho para o sucesso não
é uma linha reta, apesar de parecer assim ao olharmos para pessoas bem
sucedidas. Todo mundo está sujeito a problemas e falhas, precisando sempre
recomeçar e você não está imune a isso” explica a especialista reiterando que
não devemos confundir perfeccionismo com o desejo de dar sempre o seu melhor.
“O perfeccionismo é uma cobrança
irreal e muitas vezes cruel que leva à depressão, vícios, ansiedade, além de
ter efeito paralisante – quando se deixa de fazer o que quer por medo de que
não seja perfeito” finaliza.
Serviço:
Edyclaudia Gomes de Souza- Neuropsicóloga, especialista em
Saúde Mental e Atenção Psicossocial
Endereço: Praça Serzedelo
Correia n° 15 – Copacabana
Telefone: (21) 982008545
Instagram: @edyclaudiapsi
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